terça-feira, 6 de abril de 2010

A Semana Santa e a Liturgia Tradicional


Revmº Pe. José Edílson de Lima celebrando a Santa Missa de Páscoa



Toda vez que participo das celebrações da Semana Santa em minha paróquia me sinto constrangido. Que eu não mereço nadinha eu sei, só que quando chega a Semana Santa isso fica ainda mais evidente. Infelizmente não pude ir à minha paróquia na quinta-feira Santa já que tive que trabalhar e cumprir expediente normal e por isso eu e minhas meninas fomos à igreja perto da minha casa. Sem comentários. Basta dizer que foram tantas as invencionices,abusos e ministros, que minha esposa chegou chorando em casa: de tristeza e angústia. No dia seguinte fomos à nossa paróquia. Puxa! quanta diferença! A ação litúrgica da Sexta-Feira da Paixão foi simplesmente maravilhosa. Nosso pároco estava doente, cansado, mas foi tudo tão bonito, feito com tanto zelo, com tanto amor. As rúbricas seguidas corretamente ( o que é raríssimo hoje em dia, mesmo no rito novo). Pude perceber a piedade dos fiéis, tocante e comovente. O silêncio na igreja foi um dos pontos mais impressionantes deste dia. Estávamos de fato no Calvário e então eu pude ( e acredito que todos os presentes puderam) contemplar as dores e angústias de Nosso Senhor e de sua Mãe Santíssima. Tudo foi muito belo! Infelizmente não pudemos ficar para a procissão pois moramos longe e na volta precisamos atravessar um caminho praticamente sem iluminação e bastante deserto.

No Sábado Santo pernoitamos na própria igreja. Não imagino um sábado santo sem a Vigília Pascal. Simplesmente magnífica, riquíssima! É um pouco longa e ás vezes até cansativa, mas a gente nem percebe isso. É tão bela que nós nos sentimos no Céu, na presença dos Santos e dos Anjos. É impressionante o bem que a liturgia tradicional faz às nossas almas. Ela nos auxilia a cumprir a recomendação de São Paulo: "Buscai as coisas do Alto..." E é bem por aí... Desde a Benção do Fogo até o último amém, tudo é belo e significativo, atraente e santo. Mais uma vez preciso ressaltar a importância e a diferença que faz um sacerdote piedoso. Eu vejo Cristo Senhor em meu pároco. Ele tem os seus defeitos, acredito, embora eu não os perceba, mas é um sacerdote exemplar. Eu o amo e o admiro e sou extremamente grato por ter um pai tão zeloso, tão amoroso e principalmente tão paciente. Sinceramente: se eu não fosse católico eu me converteria no Sábado Santo, é a noite mais linda da Igreja, é um grito de fé e de júbilo, de amor, de verdadeira e sincera alegria por sermos filhos da ÚNICA IGREJA DE CRISTO! Não posso negar que me sinto privilegiado por poder participar da Santa Missa dita de São Pio V, de ter um padre/pai tão bom! E isso se torna um motivo de dupla gratidão para mim, tendo em vista o fato de morar em uma diocese tão cheia de lástimaveis problemas, onde a liturgia é tratada de qualquer jeito e as missas geralmente são tão barulhentas que chegam a dar agonia! Pois é, eu tenho o meu oásis, meu refúgio, meu esconderijo.

Só no céu o Revmº Pe. José Edílson saberá o bem que fez. Aqui na terra eu não acredito que isso seja possível. Suas homilias, sua dedicação à Igreja, a alegria ao ministrar os Santos Sacramentos, no confessionário... não tenho palavras para explicar... quem o conhece sabe bem do que eu estou falando.



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